Anticoncepcional Aumenta o Risco de Problemas no Coração? Veja o Que Diz o Especialista

Anticoncepcional e Riscos Cardíacos: Entenda os Perigos e Sinais de Alerta

O uso de anticoncepcionais é comum entre as mulheres, mas poucos falam sobre seus possíveis impactos na saúde do coração. Segundo a ONU, cerca de 150 milhões de mulheres no mundo utilizam a pílula como método contraceptivo. Apesar das fórmulas terem evoluído desde sua criação nos anos 1960, reduzindo os efeitos colaterais, ainda existem riscos – especialmente para o sistema circulatório.

Estudos apontam que o uso prolongado do anticoncepcional pode aumentar a formação de placas de gordura nas artérias, elevando as chances de problemas cardiovasculares. “A pílula contém estrogênio e progesterona sintéticos, que impedem a ovulação, mas também podem afetar o sistema vascular. Esses hormônios podem levar à contração dos vasos sanguíneos, tornar o sangue mais espesso e favorecer a formação de coágulos, aumentando o risco de infarto ou AVC”, alerta o cirurgião cardiovascular Dr. Elcio Pires Junior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.

Quem Deve Redobrar a Atenção?

O histórico de saúde da mulher é um fator determinante para o risco cardiovascular. Pessoas com obesidade, hipertensão, diabetes ou que fumam devem buscar métodos contraceptivos não hormonais.

“O ideal é que toda mulher passe por uma avaliação médica antes de iniciar o anticoncepcional. Muitas começam a usá-lo sem qualquer investigação prévia, o que pode levar a complicações graves ou fatais”, ressalta o Dr. Elcio.

Sinais de Alerta

Se você já usa anticoncepcional, fique atenta a alguns sintomas que podem indicar riscos à sua saúde vascular:
Hemorragias anormais
Dores abdominais persistentes
Dores de cabeça intensas e frequentes
Alterações repentinas na visão
Sensação de peso ou dores nas pernas

Caso apresente algum desses sinais, procure um médico imediatamente. “Esses sintomas podem ser indícios de que o anticoncepcional está afetando seu organismo”, finaliza o especialista.

O acompanhamento médico regular é essencial para evitar complicações e garantir um método contraceptivo seguro para cada mulher.